sábado, 18 de junho de 2011

Ata de Reunião 16/06/2011

Pauta:
-Camisetas
-Saldão
-Enegeo
-Legalização
-II Geology rocks

-Camisetas: Paravenda no ENEGEO, escolha entre Blueberry e Belmari, escolha de proporção da produção de 
 camisetas ( P, M, G), com logo de tatu tribal, entre as cores Preta com estampa branca e Vermelha com estampa preta.

-Saldão: Thico como responsável; camisetas e produtos antigos.

-Enegeo: Sem possibilidade de segundo transporte; Venda de produtos: camiseta do trote(R$ 15,00), keep mapping(R$ 25,00), adesivo(R$ 5,00) e tatu tribal(R$ 25,00).

-Legalização: Falar com o Burca para abrir firma e finalizar o processo de legalização.


Presentes:
 -Alexande Bliska
 -Guilherme Paes
 -João Ponte
 -Renato Handy
 -Marco

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Ata de reunião - 09/06/2011

Pauta:
-Festa
  -R$ 415,00 -> Comprar martelo, Certificados IV SEGEO 
-Ônibus ENEGEO
-Congresso
-Produtos

Festa: Comentários sobre pontos bons e ruins

ENEGEO: Vagas reservadas para alguns bolsistas (5)
 -Produtos para venda no local: Camisetas Keep Mapping, adesivos

Congresso: Mica (08), Letícia (010), Flávia (010)

Produtos: Camiseta Tatu tribal

Presentes:
 -Wellingon Marchesin
 -Renato Handy
 -Flávia Fonseca
 -João Ponte
 -Guilherme Paes
 -Júlio Vilar
 -Raphael Souza

sábado, 28 de maio de 2011

Ata de Reunião - 26/05/2011

Pauta de Reunião:
Professor Alfonso:
 Veio nos apresentar um filme eu ele tem interesse em passar aos alunos.
 Filme de 2009: Home
 A idéia: fazer cópias do filme e convidar algumas pessoas para fazer uma
 mesa de debates. Pessoas que debatem. Professor se propõe a conduzir o
 debate. Fará uma pequena apresentação do filme e iniciara o debate.
 Incluir também  Ca da geografia e biologia.
 Atividade de inicio de semestre, depois do Enegeo.
 A idéia foi bem aceita.
 A idéia seria fazer o inicio do segundo semestre, aberta a Unicamp. Vamos
 começar a nos organizar no segundo semestre.
Dia do Geologo:
 Venda de convites: vamos nos revezar. A festa vai ocorrer dia 30-05 as 19:30.Preços: 10 antecipado
 12 na hora
 15 quem é de fora
Convite dos professores:
 tem que imprimir: 23 convites,professores geólogos.
 Responsável: Mindinho
Golden Book:
 Livrinho que foi passado para os professores nos ajudarem a fazer o dia do
geólogo. Temos cerca de 300 reais.
Cgct: Mindinho- Titular
          Flávia- Suplente
46ª congresso:
 Ano que vem será realizado em Santos e quem organizara será o núcleo São Paulo
 (Usp, Unicamp e Unesp).
 Precisamos de alunos de começo para organização. Pessoas: Bliska, Flávia, Jacaré,
 Pé, Thico, Mica e Júlio.
Legalização:
 Só  falta o Burca e o Julio assinar ( no cartório de barão), fazendo isso tem que levar
 no cartório judiciário do Cambui.
Dia da festa:
 Chegar meia hora antes pra falar com o cara o bar.


Presentes:
 - Flávia 
 - Pira
 - Julio
 - Jacaré
 - Mindinho
 - Pé
 - Bliska
 - Alfonso
 - Thico

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Ônibus ENEGEO - Inscrições abertas!!!

Estão abertas as incrições para as vagas do ônibus do ENEGEO

Após feita inscrição para vaga no ônibus, o pagamento deverá ser realizado nos dias 20/05 ou 23/05, com o valor de R$50.
O pagamento deverá ser entregue para o Raphael (Mindinho 4ºano) no prédio da EB no horário do almoço (12h às 13h) SEM EXCEÇÕES.

VAGAS LIMITADAS

Inscreva-se aqui

domingo, 15 de maio de 2011

Ata de Reunião - 12/05/2011

Pauta da reunião CAGEAC 12/05/2011
  • Repasse de verbas DGA
  • Legalização
  • Enegeo :
  • Produtos

  - ENEGEO : Divulgação das vagas para o ônibus, com valor de 50$ [inclui a entrada no dia do geólogo]
Lista de nomes, R.G e CPF . 50 vagas  [ ter vagas reservadas para integrantes de banda (logo tem que pagar). Lava junkies e burca’s band]
Vagas a partir do blog, inscrição e lista de chamada. Dia de recebimento à marcar.
[Se tiver mais pessoas interessadas,há a possibilidade de fechar um segundo ônibus... mindinho jacaré e Renato.
Divulgar que a inscrição do Evento [ENEGEO] é individual assim como camping... divulgação importante.
  - Dia do Geólogo :  Livreto de contribuição para os professores, verba do ônibus do enegeo, voltada para a festa. (Renato e pé)
Banda lava junkies, burca
30 caixas de cerveja, 10l de refri e 10 l de água
Divulgação: mural, blog, email DAC,
  - Produtos: Camisetas; Tatu tribal  por encomenda... Disponibilização da escolha  de cores [ visualização de orçamentos]
  - REPASSE DO DGA: Ig  $16.600 / ano => CAGEAC 40% , CACT 40% , Atlética 20% [ para o cageac temos $6640 p/ ano [ 553 por mês]
Tudo tem prestação de contas, ou seja, serão empresas. Então tudo que for comprado terá que ser notificado, não pode ser utilizado o dinheiro para organização de festa, comprar cervejas, não pode mais usar esse dinheiro para a obtenção de produtos e para revender.
Legalização: assinaturas de cartório, Burca e Sherek , reconhecer assinatura no cartório para reconhecer a firma e as atas para a liberação da conta.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Ata de Reunião – 05/05/2011


Pauta:
• V Segeu
• Bar do Cageac?
• Legalização
• Dia do Geólogo
• Enegeo
• Blog
• Lojinha na frente do CACT
• Reunião com todos os CAs no CACT ( sexta dia 6)
• Palestra Prof. Alfonso Schrank
• Organizar Mural
• Produtos:
o Mochila
o Adesivos
Acompanhe a discussão, andamento e conclusões da Reunião:
- Lojinha do CAGEAC: Vamos montar um balcãozinho para fazer a lojinha. O Thico será o responsável.
- Bar do CAGEAC: Cogitamos a possibilidade de realizar o bar do CAGEAC. Possivelmente com outro nome e o motivo seria a interação entre alunos.
- Enegeo: Estamos com dinheiro em caixa, parte deste tem o possível fim de colaborar com o ônibus. Ideia: Cobrar R$ 50,00 do ônibus e quem pagar não precisará pagar a entrada do       evento do dia 30/05 (Dia do Geólogo).
- Dia 30: Confirmar o coquetel. Caso não houver, o evento será realizado na Estação Barão às 20h ou 21h.
- Fenafeg: Decidir entre dia 1 ou 2 de junho.
- Blog: Definir o tamanho do artigo dos professores.
- Produtos: Ficou para próxima reunião.
Participantes da Reunião: CHAPAKIVI GESTÃO 2011
   - Wellington Marchesin (Pé – 08)
   - Júlio Vilar (08)
   - Guilherme Paes (Jacaré – 010)
   - Raphael Souza (Mindinho – 08)
   - João Paulo da Ponte (010)
   - Renato Bevilacqua
   - Thiago Antonio (Thico – 09)
   - Flávia Fonseca (010)
   - Flávio (Pira – 08)
   - Alexandre Bliska (010)
   - Deborah
   - Júlia
   - Fernanda
   - Mônica
   - Camila

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Artigo do Professor Pedro. Geologia ou Ciência do Sistema Terra. CONFIRAM!

Pedro Wagner Gonçalves, Professor Doutor do Instituto de Geociências da Unicamp, formado pela USP em 1968, tem interesse nas áreas de Geologia e Teoria do conhecimento.

Geologia ou Ciência do Sistema Terra?


Gonçalves, P.W.
Departamento de Geociências Aplicadas ao Ensino
Programa de Pós-Graduação em Ensino e História de Ciências da Terra
Instituto de Geociências, Unicamp

Apresentação


Quando o pessoal do CAGEAC me pediu para escrever um texto sobre Geociências, lembrei que iniciamos algumas conversas sobre o caráter do conhecimento geológico. Lembrei, ainda, que alguns textos que lemos talvez não tenham sido bem aproveitados porque  as pessoas não conhecem os desafios científicos que se estavam diante dos geólogos na época em que foram escritos.
Em virtude disso, relato segundo uma visão muito particular os trabalhos do Grupo de Ensino de Geociências (professores e estudantes que deram origem ao Departamento de Geociências Aplicadas ao Ensino da Unicamp) com textos sobre Geologia como ciência e estudos e pesquisas de livros didáticos para Geociências.
Espero deixar claro que todas as vezes que não nos perguntarmos sobre o caráter do conhecimento geológico, estaremos adotando e divulgando uma perspectiva da ciência geológica. Esta implica mais (ou menos) possibilidades de trabalho e de uso do conhecimento geológico para enfrentar os desafios sócio-ambientais de nossa época.

Geologia ou Ciência do Sistema Terra?


Praticamente coetâneo de nossos primeiros estudos sobre livros didáticos de Ciências da Terra destinados ao ensino superior, foram os contatos com a literatura que trata da Geologia como ciência, ou seja, a ideia de valorizar o lado filosófico, metodológico e histórico do conhecimento científico acompanhou o cuidado para examinar e trabalhar com material didático.
Movidos por interesses acadêmicos, mas também políticos em torno do Ensino de Geociências (isso ocorreu na época dos dois primeiros Simpósios Nacionais de Ensino de Geologia, 1980 e 81) houve uma busca de referências que discutissem o caráter científico do conhecimento geológico (p.ex.: Albritton Jr. 1963, Potapova 2008, Kedrov 1968).
Como percebemos mais tarde, a década de 1960 foi especialmente frutífera para tal reflexão. Poderíamos alinhar muitas mudanças do fazer geologia daquela época, mas talvez seja mais fácil perceber as mudanças a partir de um quadro do presente.
Hoje interpretamos a Geologia sob o enfoque da Ciência do Sistema Terra, mas quais são os traços cruciais dessa abordagem ambiental? Sobre quais mudanças das práticas dos profissionais se assenta esse modo de ver a Terra? Dispomos de instrumentos que permitem “ver” a Terra inteira (dispositivos de sensores remotos geram e integram informação em múltiplas escalas, de regionais a globais), apoiados nesses instrumentos podemos ter um quadro das mudanças naturais, aquelas produzidas pelas atividades sócio-culturais e econômicas, bem como diversas inter-relações. Aplicamos a teoria de sistemas para tratar fenômenos terrestres, operamos com a ideia de que os processos naturais são complexos, difíceis de prever e, ao mesmo tempo, aplicamos diversos modelos matemáticos para prever o futuro curso de desenvolvimento do planeta. Explicamos parcela significativa da longa história da Terra apoiados em uma teoria integradora e global (tectônica de placas).
Todos esses instrumentos, tomados por nós quase como constatação da situação de hoje, não eram disponíveis aos geólogos da década de 1950. Seus estudos e pesquisas eram fundamentalmente regionais e limitados aos continentes. O sucesso de descobertas de jazidas minerais importantes encobria a dificuldade de tratar a Terra como um todo. Sérios problemas ambientais encontravam-se restritos aos países centrais (que passaram pela primeira e segunda revoluções industriais nos séculos XVIII e XIX). A teoria explicativa mais geral (teoria geossinclinal, oriunda de estudos norte-americanos e europeus da segunda metade do século XIX) explicava como grandes bacias sedimentares se transformavam em cordilheiras continentais (ver Gonçalves 1990).
Os principais fenômenos de formação da crosta terrestre continental, metamorfismo e formação de granitos e, de outro lado, erosão e formação de rochas sedimentares podiam ser explicados pelos estudos regionais apoiados na teoria geossinclinal. O ciclo das rochas e o conhecimento dos recursos minerais e energéticos gerados pelos processos geológicos garantiam o sucesso dessa teoria. Ao mesmo tempo, a descoberta de enormes jazidas minerais nas décadas de 1960 e 70 (p.ex., Carajás), apoiados no conhecimento geológico tradicional, encobria inúmeras dificuldades instrumentais (sobretudo teóricas e conceituais). Um exemplo paradoxal desses problemas era os limites da Prospecção Mineral (ver Teixeira e Beisiegel 2006).
Apesar disso, simultaneamente, um conjunto de descobertas iluminava insuficiências tanto do conhecimento da Terra, quanto de seu ensino.
O levantamento sobre a topografia do fundo oceânico, avanços da Geofísica (sísmica e magnetometria), descrição de bacias sedimentares alongadas que não se transformariam em cordilheiras – todos eles decorrentes de avanços militares ligados à Segunda Guerra Mundial – trouxeram desafios teóricos para os quais a teoria geossinclinal deixava de fornecer explicações satisfatórias.
Dentro desse contexto científico, a teoria da tectônica de placas adquiriu importância e foi apresentada como explicação integradora e global, capaz de dar conta da geologia dos continentes e do fundo oceânico, com potencial de inovar e influenciar todas as áreas específicas do conhecimento geológico. Ao longo do tempo, sobretudo a partir da década de 1980 quando tectônica de placas já possuía um aceite quase unânime, se interconectou ao conhecimento do manto, ou seja, a antiga Geologia continental e associada aos estudos da crosta terrestre perdeu lugar para a recuperação da Terra como entidade e unidade de estudo.
Do ponto de vista do ensino, a Geologia da década de 1950 e seus campos eram fortemente sistemáticos (ver a diferença entre ciência sistemática e sistêmica em Rojero 2000). A ênfase era vinculada ao conhecimento taxionômico seja nos domínios relativos aos seres vivos (sobretudo na Paleontologia mas com influência na Estratigrafia), seja no funcionamento mecânico do planeta (Reologia, Geologia Estrutural e Geotectônica) ou, ainda, no domínio da natureza da matéria (Mineralogia e Petrologia). O forte olhar classificatório conduzia a ideia de cada jazida mineral importante tinha um caráter único e fornecia poucos elementos que pudessem ser extrapolados como índices para novas descobertas – profissionais atuantes naquela época valorizavam o conhecimento de muitas jazidas minerais como ponto crucial para potencializar novas descobertas. Dessa forma, o ensino de certo modo criava obstáculos ao desenvolvimento do conhecimento e reduzia os recursos conceituais e teóricos para avançar os campos aplicados da Geologia (sobretudo a Prospecção Mineral).
Esses aspectos servem de pano de fundo para tratar de análises que fizemos de livros didáticos.
Adotamos a ideia de que livros didáticos destinados ao ensino superior são veículos importantes do conhecimento e desempenham papel central na formação de futuros profissionais. O ponto chave é que se tornam instrumentos de aculturação de teorias e formas de pensar. Ao nos debruçarmos sobre distintos livros didáticos de Geologia Introdutória tornaram-se claras diferentes Geologias, ou seja, a ciência geológica parecia adquirir distintas concepções, diferentes delimitações e utilizava modos distintos de organizar os argumentos.
Na época, início da década de 1980, apoiados em cerca de 50 títulos diferentes, todos voltados para Geologia Introdutória, pudemos identificar livros de distintas abrangências de conteúdo: Geologia Física (p.ex. Holmes e Holmes 1979), Geologia Ambiental (p.ex., Tank 1973), Geociências (p.ex., ESCP 1973) e Geologia Geral (p.ex. Melendez e Fuster 1973) – um quadro detalhado dessa análise encontra-se em Amaral (1981). Evidentemente alguns títulos expressavam combinações desses assuntos e se apresentavam como híbridos.
Livros de Geologia Física eram estruturados para explicar processos terrestres e seus produtos segundo uma ordenação estrutural: agentes externos e internos. Nos primeiros a energia solar é decisiva, inclui todas as dinâmicas erosivas e deposicionais; nos segundos, o calor interno da Terra é decisivo e engloba terremotos, vulcões, etc. Livros de Geologia Geral, em termos de abrangência, contém todos os tópicos e a organização comuns da Geologia Física, mas acrescentam o tratamento da história da Terra, usualmente na forma de Geologia Histórica (o que aconteceu em cada um dos diferentes períodos do tempo geológico).
Obras de Geociências apresentavam um tratamento que na década de 1960 era novo: examinava a Terra segundo suas esferas materiais (estruturais): crosta terrestre, manto e núcleo; mas acrescentavam assuntos que não eram tratados nos livros de Geologia Geral: hidrosfera, atmosfera e espaço estrelar.
A Geologia Ambiental também era um assunto novo da década de 1960. As formas de organização dos livros variavam muito entre si (apesar dos poucos títulos examinados), a novidade era estudar aspectos aplicados (erosão, perda de solo, contaminação, poluição, etc.) e havia uma organização dos tópicos, uma parte do livro tratava de atividades sociais e econômicas que degradavam o ambiente (p.ex., agricultura, poluição, explosão demográfica), outra parte, explicava fenômenos que afetavam negativamente as atividades humanas (p.ex., terremotos, vulcões). Naquele momento de nosso estudo, já chamava atenção que muitos tópicos de conteúdo tradicionais simplesmente não faziam parte do escopo dos livros de Geologia Ambiental.
O quadro aqui exposto embora seja esquemático, remete a algumas conclusões que tivemos na época: não havia um conteúdo universalmente aceito como aquele que precisava ser ensinado aos alunos de Geologia Introdutória. Independentemente da abrangência, a maioria dos títulos se caracterizava como compêndios que enfatizavam a terminologia e a fragmentação. Muitos autores optaram por construir uma espécie de glossário: o livro era claramente enciclopédico. A maioria das obras não mostrava o dinamismo e do desenvolvimento do conhecimento científico.
A análise conduziu a aceitar uma ideia geral e caricata: a existência de uma espécie de identidade entre livros tradicionais e ensino tradicional. Este assinalado por traços importantes: conteúdo fragmentado, não dialogado, separado dos problemas do cotidiano e da vida, ou seja, em tudo e por tudo distante do que autores como Paulo Freire defendiam.
Tornou-se claro que uma ciência sistemática e taxionômica é absolutamente coerente com a necessidade de domínio da terminologia, ou seja, os alunos deviam aprender a língua da Geologia antes de entender os fenômenos do planeta (Paschoale no Congresso Brasileiro de Geologia apresentou o trabalho Alice no país da Geologia... e o que ela encontrou lá chamando atenção para o ensino apoiado meramente na terminologia).
Apesar de haver um mainstream, alguns títulos de Geociências perseguiam outros conteúdos, menos classificatórios, mais próximos à valorização de raciocínios para identificar fontes de energia, fluxos de energia e matéria, dinâmicas bi-direcionais (dependentes das quantidades e fluxos de matéria e energia), alguns deles já usavam o nome sistema e teoria de sistema, outros, embora desenvolvessem o argumento sistêmico optaram por omitir esse termo.
Por outro lado, a literatura sobre Geologia como ciência aclarava uma série de aspectos subsumidos nas alternativas seguidas pelos livros didáticos, ou seja, os livros didáticos podiam ser associados a distintas concepções de objeto de estudo, método e alcance do conhecimento geológico.
No final da década de 1950, parcela dos geólogos estava profundamente envolvida em uma discussão eminentemente positivista em torno da pergunta: Geologia é, ou não, ciência?
Naquela época, as grandes referências de ciências naturais e experimentais eram a Física e a Química. Estas usavam largamente a linguagem matemática, adotavam raciocínios indutivos e dedutivos; rejeitavam procedimentos analógicos e comparativos. Nada era mais distante da Geologia que timidamente adotava alguns modelos matemáticos, largamente utilizava o pensamento analógico, comparativo e histórico.
O esforço de delimitar a Geologia entre as ciências naturais e experimentais implicava tentar comparar procedimentos geológicos com o método indutivo-analítico da Física (ver p.ex. Kitts 1977). Um congresso para discutir o caráter científico da Geologia foi realizado em 1960. Trouxe uma série de contribuições interessantes para nossa reflexão. Albritton Jr. (1963) reuniu em um volume essas contribuições e, para nós, chamou especialmente atenção o artigo de Georges G. Simpson.
Simpson (1963) utiliza sua experiência como paleontólogo para mostrar que Geologia era reunião de dois diferentes campos, o primeiro estudava fenômenos regulares e universais, imanentes, se aproximava dos métodos e procedimentos da Física. Mas o segundo campo era histórico, configuracional, estudava fatos singulares da história da Terra, portanto suas descobertas não eram generalizáveis. O exemplo do autor é especialmente esclarecedor: o Gran Canyon é um evento absolutamente singular na história da Terra, mas erosão e sedimentação são universais e seguem leis válidas em qualquer parte do universo.
Na época chamou nossa atenção a partição da Geologia. O texto conduzia a inferir que parte da ciência era experimental e pertencia aos cânones das ciências naturais, mas a outra parte (contigencial e histórica) era inerentemente limitada. De fato, não aceitamos com muita facilidade esse argumento porque conduzia à valorização dos aspectos específicos e contigentes (coerentes com um campo de conhecimento limitado ao domínio sistemático).
Explicado de outra maneira: encontramos o argumento que dava suporte teórico para os livros de Geologia Geral (e Geologia Física): processos e produtos podiam ser estudados sem considerar a história geológica, de outro lado, a sequência de fatos singulares tornava-se uma coleção de informações. De certo modo, o enciclopedismo de várias obras didáticas era coerente com essa concepção limitada de ciência geológica.
Um texto de poucas páginas, publicado em inglês em 1968, trouxe uma perspectiva radical para pensar abrangência, metodologia e alcance do conhecimento geológico. Potapova (2008), original em russo de 1963, caracterizava as bases teóricas da Ciência do Sistema Terra. Ao explicar os debates e a insuficiência de uma ciência geológica que considerava a crosta terrestre seu objeto de estudo, utilizando alguns conceitos do materialismo histórico (transformação e contradição), fez uma transposição para definir Geologia como ciência histórica da natureza, ou seja, o conhecimento geológico estudava o problema geral da história do planeta inteiro. A autora caracterizou o intercâmbio de conceitos e explicações de modo sistêmico entre Geologia e as demais ciências que estudam a Terra em suas partes e sobretudo definem as leis naturais válidas para os fenômenos do presente (Física, Química, etc.).
A descrição abrangente constituía a base conceitual da ciência geológica exposta em livros de Geociências: o estudo dos fluxos e balanços de energia e matéria responsáveis pelas transformações terrestres, a descrição e caracterização das esferas materiais da Terra e seu funcionamento no presente (sobretudo atmosfera e hidrosfera) para, depois, servir de fundamento para explicar a história do planeta inteiro (caracterizado pelas esferas rochosas, crosta, manto e núcleo e pelo contexto astronômico) ao se introduzir a escala do tempo geológico, completava o conceito denominado por Potapova (2008) processo histórico-geológico. O processo geológico indicava as tendências de desenvolvimento futuro do planeta e traziam informes que enriqueciam as ciências que estudavam o presente.
O pequeno texto não só fundamentava nosso esforço de conceber a Geologia como uma ciência integradora e global dos estudos da Terra – a nosso ver algo essencial em termos de delimitação de conteúdo para construir um ensino mais dialogado e fornecer ideias contextualizadas da ciência – como afagava nosso ego. Potapova (2008), de modo muito resumido, apresentava a História da Geologia e defendia que sua trajetória foi diferente de outras ciências naturais originadas a partir de estudos analíticos, os estudos da Terra começaram tratando de objetos sintéticos – em termos modernos, podemos interpretar que o conhecimento da Terra é intrinsecamente complexo e integrado e não pode ser reduzido a suas partes, embora haja muitos estudos específicos e analíticos em vários campos de conhecimento (Geofísica, Mineralogia, Paleontologia, etc.). Potapova (2008) concluía que a Geologia era a mais geral das ciências que estudam a Terra e admitia que cada campo particular poderia ter seus estudos mas havia necessidade de manter a institucionalização da Geologia – o texto não é especialmente claro quanto aos problemas científicos e institucionais da União Soviética daquela época, mas o argumento se dirige contra excessiva autonomia da Geofísica, Geoquímica, Paleontologia, etc., nos limites deste texto especulamos que lá houve um fenômeno observado, mais tarde no Brasil, na década de 1980: crescimento de especialização e institucionalização de áreas específicas do conhecimento geológico, p.ex. foram criados cursos de graduação em Geofísica, foram fundadas novas sociedades científicas que institucionalizaram essa especialização (Associação Brasileira de Estudos do Quaternário, Sociedade Brasileira de Geoquímica). Entretanto, o esquema metodológico de Potapova mostrava os grandes grupos de ciências geológicas, dedicadas a compreender o tempo (Estratigrafia), a estrutura (Geologia Estrutural, Geotectônica), a composição material (Mineralogia e Petrologia, Paleontologia).
A aproximação feita por Potapova (2008) revelava a potencialidade integradora de tratar a Terra e o ambiente, indicava que o caminho de avanço para o conhecimento geológico requeria integrar a teoria de sistemas – o que já era feito em alguns livros didáticos de Geociências.
Anguita (1996) observa que o livro de Keneth Hamblin, de 1975, claramente expõe a trilogia: tectônica de placas como paradigma, teoria de sistemas como metodologia, ciências da Terra como ideal.
Potapova (2008) permanece uma autora relativamente desconhecida apesar do caráter sintético de seu artigo. De fato, o que ocorreu foi o avanço do conhecimento geológico que rompeu com os limites da ciência meramente sistemática e voltada para crosta terrestre e recobrou a tradição de tratar o planeta de modo integrado, ou seja, o caminho da Geologia se aproximou das abordagens sistêmicas e da valorizou os campos aplicados do conhecimento (Mineração, Geologia de Engenharia e Ambiental, etc.).
Um autor que também não conheceu o trabalho de Potapova, repetiu parcela de seus argumentos. Frodeman (1995) argumentou que Geologia é uma ciência histórica e isso conduz à particularidade de métodos e argumentos. Claramente os raciocínios indutivo-analíticos são parte dos estudos geológicos mas são organizados e integrados pela abordagem temporal e histórica de desenvolvimento do planeta e de suas partes.
O que passou desapercebido nesse texto inaugural de Frodeman (1995), foi assinalado por Rudwick (1976): o uso da linguagem visual foi incorporado à Geologia quando se tornou ciência moderna e é indissoluvelmente ligada aos procedimentos metodológicos dessa ciência. A linguagem visual (o mapa geológico) é o modo sintético de construir e divulgar teorias, diferentemente do que ocorre na Física na qual a equação corresponde a esta síntese do conhecimento.
Esperamos ter aclarado que o termo Ciência do Sistema Terra é quase o nome fantasia da concepção de Geologia como ciência integradora para estudar a história do planeta. O caminho da Ciência do Sistema Terra abre as possibilidades de estudos ambientais seja para descobrir e caracterizar bens minerais, seja para planejar ou remediar diversos desafios ambientais (erosão, perda de solo, etc.).


Referências citadas

ALBRITTON Jr., Claude C. (ed.). The fabric of geology. Stanford : Freeman, Cooper & company, 1963.
AMARAL, Ivan A. do. O conteúdo e o enfoque do livros de Geologia Introdutória : estudo descritivo e analítico com base na macro-estrutura das obras atuais destinadas ao nível superior de ensino. São Paulo: 1981. Universidade de São Paulo. Departamento de Geologia Geral. Dissertação de Mestrado. 259p.
ANGUITA, Francisco. Geología y ciencias de la Tierra: etimología y un poco de historia. Enseñanza de las Ciencias de la Tierra, v.4, n.3, p.177-180, dic. 1996.
ESCP (Earth Science Curriculum Project). Investigando a Terra. v.1. São Paulo: McGraw Hill, 1973.
FRODEMAN, Robert. Geological reasoning: Geology as an interpretive and historical science. Geological Society of America Bulletin, v.107, n.8, p.960-968, 1995.
GONÇALVES, P.W. Geossínclíneos versus placas: dois paradigmas da Geologia. In: LOPES, M.; FIGUEIRÔA, S.F. de M. O conhecimento geológico na América Latina: questões de história e teoria. Campinas: IG-Unicamp, 1990. p.205-229.
HOLMES, A.; HOLMES, D.L. Principles of physical geology. 3e. London: Thomas Nelson and sons, 1979. 730p.
KEDROV, B.M. The geological form of motion in relation to other forms. In: Interaction of sciences in the study of the Earth. Moscow: Progress Publishers, 1968. p.127-147.
KITTS, D.B. The structure of geology. Dallas: Southern Methodist University Press, 1977. 180p.
MELENDEZ, B.; FUSTER, J.M. Geologia. Madrid: Paraninfo, 1973. 2v.
PASCHOALE, C. Alice no país da Geologia... e o que ela encontrou lá. 33 Congresso Brasileiro de Geologia, Rio de Janeiro, 1984. v.3.
POTAPOVA, M.S. Geologia como uma ciência histórica da natureza. Terrae Didatica, v.3, n.1, p.86-90, 2008. [Tradução de: Geology as an historical science of nature. In: Interaction of the science in the study of the Earth. Moscow: Progress, 1968. p.117-126].
RUDWICK, Martin J.S. The emergence of a visual language for geological science 1760-1840. History of Science, p.149-195, 1976.
SIMPSON, George G. Historical science. In: ALBRITTON Jr., Claude C. (ed.). The fabric of geology. Stanford : Freeman, Cooper & company, 1963. p.24-48.
TANK, R.W. (Ed.). Focus on environmental geology. New York: Oxford University Press, 1973. 470p.
TEIXEIRA, João Batista G.; BEISIEGEL, Vanderlei de Rui. (Org.). Carajás: geologia e ocupação humana. Belém: Museu Paraense Emilio Goeldi, 2006. 470p.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Ata da Reunião realizada dia 28/04/2011

Pauta:
· ENEGEO
· Dia do Geólogo
· Blog [Próximo Artigo]
· Dinheiro - Atlética
· Reunião Silvia

Acompanhe a discussão, andamento e conclusões da Reunião:
   - ENEGEO: Organização do ônibus, Repasse do IG para o ônibus, lista de nomes via Raphael (mindinho) e no blog.         
   - Dia do geólogo: Organização, Local (Marambar ou Estação Barão – Mindinho e Flávia), Logística monetária, Identificação dos participantes, Cartões para os professores dos participantes.
   - Blog: Manutenção e organização dos artigos
   - Atlética: empréstimo na quantia de R$ 300,00 para a legalização da ATA do CAGEAC.
   - Reunião Silvia: Repasse e verba para o ônibus do ENEGEO

Participantes da Reunião: CHAPAKIVI GESTÃO 2011
   - Wellington Marchesin (Pé – 08)
   - Júlio Vilar (08)
   - Guilherme Paes (Jacaré – 010)
   - Raphael Souza (Mindinho – 08)
   - João Paulo da Ponte
   - Renato Bevilacqua
   - Thiago Antonio (Thico – 09)
   - Flávia Fonseca (010)
   - Flávio (Pira – 08)

terça-feira, 19 de abril de 2011

Os tempos de Centro Acadêmico do Jefferson... CONFIRAM!

Professor do Instituto de Geociências da Unicamp, Jefferson de Lima Picanço
http://jd.picanco.zip.net/ --> CONFIRAM TAMBÉM O BLOG DO PROFESSOR!

MEUS TEMPOS DE CENTRO ACADÊMICO

Uma das frases que mais gosto é uma daquelas que, de tão geniais e espontâneas, nem se sabe quem foi o primeiro que disse, e todo mundo repete. “Escolha fazer uma coisa de que você gosta, e você não precisará mais trabalhar”. Genial, não?
Eu adoro minha profissão, e também adoro escrever. Inclusive tenho um blog (o Urublues), no qual cometo algumas heresias e faço alguns textos, já se vão três anos. Quando o Guilherme me convidou a escrever um texto para o blog do CAGEAC, fiquei muito feliz e honrado com o convite. Mas, sobre o que falar?
Bom, já que é para o blog do Centro Acadêmico, eu posso falar um pouco do pouco que sei sobre centros acadêmicos. Pode ser? Vamos lá, então. Fiz minha graduação nos anos 80 na Universidade Federal do Paraná em Curitiba, e participei ativamente do Centro Acadêmico, o Centro de Estudos Geológicos do Paraná, CEGEP. Participei ativamente mesmo. Fui diretor cultural, vice-presidente, presidente e tesoureiro, num espaço de cinco anos, de 1983 a 1987.
Quais eram as lutas e questões do ME (Movimento Estudantil) daquele tempo? Eram tempos de fim de Regime Militar, que acabaria melancólico, pela porta dos fundos, em 1985. No Paraná especificamente, mas pelo Brasil todo também, era uma época de desmontar as estruturas herdadas dos milicos e construir novas. Por exemplo, naquela época praticamente não havia centros acadêmicos, o DCE-UFPR havia sido reconstruído fazia só cinco anos. Havia uma estrutura chamada Diretório Acadêmico, onde as direções dos Setores (Institutos) tinham ingerência quase total. No nosso campus, onde estavam as engenharias e a Geologia, somente o CEGEP havia restado ileso da Ditadura. Em parte porque era um curso mais novo, fundado em 1973, em parte porque a geologia tinha muitos problemas ainda não resolvidos, problemas estruturais e de pessoal.
Fizemos muitas demandas – protestos, greves, manifestações - por mais aulas de campo, por mais verbas para aulas de campo, para aparelhamento mínimo do curso (bússolas, estereoscópios, microscópios, etc.) e, também, por mais professores. Tudo estava em transição: era o fim do domínio dos militares, o período dos grandes comícios das Diretas e o começo da Nova República de Tancredo/Sarney. Na geologia fizemos várias greves, quase todas vitoriosas. Foi um período historicamente muito rico, e também o período do surgimento dos principais personagens da cena política brasileira de hoje.
Nosso centro acadêmico tinha certa organização, depois de quase oito anos brigando. Construímos certa fama de “encrenqueiros”. De 1980 até 85 foi um período em que estivemos o tempo todo em pé-de-guerra. Depois, melhorou um pouco, e tivemos as aulas de campo garantidas. Tínhamos um Jornal, o “Jornal do Caverna”, impresso em mimeografo e distribuído entre os alunos. Tinha de tudo: matérias sérias, gozação, tirinhas. O que eu achava triste era o personagem-símbolo do Jornal, o Capitão Caverna. Acho que hoje ninguém mais conhece, mas era um popular anti-herói de desenhos animados da TV, um pouco como o Brucutu, até hoje símbolo do CEPEGE da USP.
O CEGEP era num porão. Nas férias quase sempre alagava, e perdíamos tudo – móveis, tapetes e, pior, documentos. De dezembro a março tínhamos que ficar em casa com as Atas e documentos do Centro Acadêmico para que não fossem molhadas nos alagamentos. Num desses verões, tinha até um rato morto lá dentro. Criamos um personagem para o Jornal do Caverna, o rato Astolfo Schultz. O Astolfo até foi personagem de história em quadrinho, virou quase um mascote do Centro Acadêmico.
Em geral, fazíamos chapas com todos os anos do curso. No meu caso, entrei no centro ainda calouro (ou bicho, como se diz por aqui) e saí às vésperas de me formar. Era uma tática inteligente, a dos meus veteranos. Sempre se convidava um ou dois “bichos” pra participar. Deste jeito, você acaba formando as pessoas para, na época certa, assumirem seus compromissos com os colegas e com o curso. E todo mundo participa, sem as famosas “panelinhas”.
Nem tudo foi flores, claro. Houve uma vez que tivemos um bate-chapa que marcou nossa geração no CEGEP. Nossa chapa era de oposição à política do Departamento de Geologia. Para o nome da chapa, tínhamos duas opções: “pedra no sapato” ou “areia no olho”. Quando os caras da outra chapa viram o nome Areia no Olho, criaram a chapa “Colírio”. Fora esse aspecto de piada, foi uma eleição muito tensa, inclusive com muitas pressões até de professores. Tivemos uma derrota acachapante, mas até hoje me lembro com orgulho dos 34 corajosos votos que tivemos, contra mais de 100 votos da outra chapa. No ano seguinte, lançamos a chapa Arenito no Olho - com o slogan “Agora mais consolidada!”. Com meu amigo e camarada Amin Katbeh, hoje um importante empresário do setor de perfuração de poços, fizemos todos uma gestão importante para legalizar o CEGEP e arrumar sua estrutura. Conseguimos também melhorar a representação discente nos colegiados do curso, o que foi um avanço notável. Particularmente, acho que este foi meu melhor período no centro acadêmico, um período mais maduro e objetivo.
Em 2003, com os demais presidentes e vice-presidentes do CEGEP, tive a honra de ser homenageado durante as comemorações dos 30 anos do centro acadêmico. Fiquei feliz vendo a gurizada lá, desempenhando seu papel, apesar dos tempos e das demandas serem outras, tocando o barco e remando contra a maré.
Vivemos hoje um bom momento para a Geologia Brasileira. Estamos criando novos cursos, a sociedade pedindo mais geólogos, e a gente nem consegue formar todos os que são necessários. Na área de petróleo, somos a referência quando se fala em águas profundas. Durante os desastres naturais que nos acometeram nos últimos anos, os Geólogos estiveram presentes tanto na linha de frente, em investigações emergenciais de risco quanto exigindo o compromisso das autoridades para diminuir a vulnerabilidade da sociedade aos desastres.
Os Centros Acadêmicos podem e devem estar presentes nestes debates. E é a própria sociedade que exige essa participação. É nos Centros Acadêmicos que se geram as lideranças da comunidade geológica. Os debates do Centro, apesar de às vezes serem chatos (alguns são mais chatos que os outros), são importantes para o amadurecimento político dos estudantes.
“Eu não gosto de política”. Essa eu ouvi muito pela vida afora. O sujeito acha que, se não gostar de política, a política vai se afastar dele. Ora, é justamente ao contrário. Quanto mais “apolíticas” as pessoas se declaram, e quanto mais aumenta o analfabetismo político das pessoas, mais e mais vamos ficar reféns dos populistas de sempre.
Participe das discussões de seu Centro Acadêmico. Se não concordar, divirja. Se achar que não está sendo feito do modo correto, monte a sua chapa – evite as panelinhas – e vá à luta. O que não pode, o que não dá, é passar os cinco anos da universidade sem aprender, no dia-a-dia de seu centro acadêmico, as bases de uma participação política autêntica e cidadã.
Muito obrigado.

Perfil do Professor:

Nascido em 1963 em Antonina (PR). Graduado em Geologia (UFPR, 1989) com mestrado (1993) e doutorado (2000) na USP. Trabalhou como professor-substituto na UFPR e como geólogo sênior em diversas empresas de engenharia, mapeamento geotécnico e exploração mineral, tendo atuado em projetos no sul, sudeste e centro-oeste. Desde julho/2010 é professor do IG-UNICAMP, no Departamento de Geociências Aplicadas ao Ensino (DGAE). Ministra disciplinas para os cursos de Engenharia Civil e Biologia. Também tem colaborado nas disciplinas de mapeamento (Trabalho de Campo e Campo II). Tem projetos de pesquisa em História da Mineração no Brasil e de Mapeamento Geológico-Geotécnico. Gosta de literatura e tem um blog (Urublues – imprecisões, algaravias, garatujas e heresias), onde tem um público modesto, mas honesto.

FOLHELHO DO I.G.

Foi decidido!!! Depois de 2 turnos de votação, finalmente está concebido nosso Jornal:
o FOLHELHO DO I.G.
O nome ganhou na votação por apenas 1 voto a mais. Ao todo foram 41 votos.

Em breve divulgaremos mais sobre o Jornal.

domingo, 17 de abril de 2011

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Artigos de Geociências

Com a intenção de unir Professores e Alunos de nosso instituto, nós, membros do CAGEAC, abriremos um novo e importante espaço em nosso blog, no qual nossos Docentes escreverão artigos semanais sobre assuntos da área de Geociências, com temática livre. A ideia é que haja uma interação Aluno-Professor sem que sejam necessárias as grandes formalidades, claro que pensando também no ponto central que é a Geociências em foco. Ao final de nossa gestão esperamos ter concluído um significativo arquivo de artigos, com os quais faremos um anuário de artigos impresso para que Alunos, Docentes e Gestões futuras possam também utilizar.

                                                           Muito em Breve...

segunda-feira, 28 de março de 2011

2º turno votação nome do jornal da Geologia

O 1º turno da votação teve a seguinte distribuição de votos:


GEOLOG           5%  (4 votos)
GEOrnal          32% (24 votos)
Jornal GeoLÓGICO 11% (8 votos)
A Bússola        27% (20 votos)
Supernova        8%  (6 votos)
Folhelho do IG   31% (23 votos)

Portanto os 2 finalistas são o Folhelho do IG e o Geornal
Vote AQUI

Felipe "Samoa" Mantoani - Coordenador de Comunicação e Eventos, CAGEAC 2011.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Vídeo com o professor Ticiano sobre o Japão

Continuando as postagens sobre o terremoto do Japão - a reportagem veiculada pela EPTV diz respeito a uma família de Campinas que tem parentes lá e contém o depoimento de um brasileiro que estava trabalhando no momento do trmor. O professor Ticiano fala sobre a marcação dos sismógrafos no mundo todo.





Felipe "Samoa" Mantoani, Coordenador de Comunicação e Eventos - CAGEAC                                              

terça-feira, 15 de março de 2011

Ex aluno do IG detecta tremor no Japão em sismógrafo construído por ele mesmo


 O terremoto de 8,9 pontos na Escala Richter que atingiu o
Japão nesta sexta-feira (11) também foi registrado a poucos quilômetros do
campus da Unicamp em Campinas, num prosaico banheiro de fundo de quintal.
No local está instalado um sismógrafo horizontal amador construído há três
anos pelo geólogo Rogério Marcon, funcionário do Instituto de Física Gleb
Wataghin (IFGW). “O registro foi feito por volta das 3h30 da manhã, pouco
tempo depois da ocorrência do abalo. Entretanto, eu só o verifiquei às
5h30, quando acordei. Logo em seguida, liguei a televisão para me informar
sobre o que tinha acontecido”, conta Marcon, que gastou algo como R$ 500
para conceber o aparelho.

Rogério Marcon mostra o sismógrafo que construiu: centenas de registros em
apenas três anos. De acordo com o geólogo, formado pela própria Unicamp,
além do sismo principal, outros 60 terremotos sequenciais, de menor
magnitude – abaixo de 6 pontos – foram registrados por sismógrafos no
Brasil. “É preciso esclarecer que as pessoas aqui no país ou em Barão
Geraldo não sentiram a terra tremer. Apenas os sismógrafos são capazes de
captar as ondas propagadas desde o Japão”, esclarece.  Ainda segundo
Marcon, não há propriamente um teto na Escala Richter. “Entretanto, até
hoje, nunca se viu terremoto acima de 9,5. Este do Japão chegou bem perto
dessa marca”.

Logo que verificou os dados assinalados pelo seu equipamento e o
noticiário, o funcionário da Unicamp começou a receber telefonemas de
amigos e de jornalistas interessados em obter informações a respeito do
fenômeno. Para compartilhar os dados de maneira mais rápida, ele colocou
no ar, via internet, imagens online do sismógrafo (www.astroimagem.com).
Marcon diz que o aparelho é basicamente o mesmo que construiu há três
anos. “A única diferença é que providenciei uma cobertura para protegê-lo
das correntes de ar”. O geólogo utilizou um PC pentium 3 e uma interface
para o aparelho conversor analógico. A interface custou 20 dólares e foi
importada de uma empresa especializada na construção de sismógrafos
amadores.

Ele também lançou mão de um software livre para transformar dados em
gráficos. Para captar os terremotos, montou um pêndulo, composto por um
transdutor elétrico posicionado sobre uma bobina. O equipamento tem um
metro de comprimento por meio metro de largura e está instalado no bairro
Guará, próximo ao campus da Unicamp. Nos últimos três anos, conforme
Marcon, o sismógrafo registrou centenas de eventos, de variadas
magnitudes. O primeiro foi um tremor de 5,2 pontos ocorrido no Atlântico
Sul, em abril de 2008, e que foi sentido nos estados de São Paulo, Paraná,
Rio de Janeiro e Santa Catarina. “Entre os sismos mais fortes, o
instrumento captou o que destruiu algumas localidades chilenas e o que
devastou o Haiti, ambos em 2010”.

Fonte: Diretoria do Instituto de Geociências da Unicamp.

Felipe "Samoa" Mantoani, Coordenador de Comunicação e Eventos - CAGEAC 2011

domingo, 13 de março de 2011

Matéria com prof. Ticiano sobre terremotos no Japão

A matéria foi publicada no dia 12 deste mês no site "Gazeta do Povo":


Pânico atinge vários países

Risco de tsunami fez com que operações de evacuação fossem feitas no Equador e no Chile

Quase tão rápido quanto o avanço das ondas do tsunami sobre o Japão, o pânico se espalhou pelos quatro cantos do mundo. Tudo indica que a acomodação da placa Pacífica em relação à placa vizinha Norte-Americana tenha feito com que o país testemunhasse o pior tremor no país desde que os registros são realizados [até então, o maior tinha atingido 8,5 graus, em Sanriku, no ano de 1896, matando 27 mil pessoas], segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos.
Logo após o primeiro tremor, às 14h46 da hora local (2h46 em Brasília), o aviso de ondas gigantes emitido pelo Centro de Alertas de Tsunami do Pacífico foi ampliado. “A avaliação do nível do mar confirma que foi gerado um tsunami que pode causar grandes danos”, advertiu em seu site o Centro, que pediu que as autoridades “tomem as medidas apropriadas diante desta ameaça.”
O primeiro alerta foi emitido para Japão, Rússia, Filipinas, ilhas Marianas, Guam, Taiwan, Ilhas Marshall, Indonésia, Papua Nova Guiné, Micronésia e Havaí (EUA). Depois, México, Gua­temala, El Salvador, Costa Rica, Nicarágua, Panamá, Honduras, Chile, Equador, Colômbia e Peru foram incluídos no boletim do Centro, que fez o mesmo com Austrália, Nova Zelândia, Fiji, Samoa e várias ilhas da Polinésia.
As primeiras ondas começaram a chegar ao litoral de Waikiki, no Havaí, por volta das 11h20min da manhã, no horário de Brasília. Nenhum dano foi provocado pelas ondas, que também foram percebidas em outras ilhas do arquipélago americano. As ondas chegaram com força diminuída e sem causar danos. Na ilha de Kauai, ondas de 48 centímetros foram vistas na praia de Nawiliwili, e de 71 centímetros na praia de Barbers Point, na ilha de Oahu, de acordo com um centro de emergências de Honolulu.
América Latina
Por volta das 14h30, horário de Brasília, as primeiras ondas do tsunami japonês atingiu a costa do Pacífico da América Latina, no México, colocando a maioria dos países da região em estado de alerta. As ondas atingiram o litoral do estado mexicano de Baja California (noroeste) por volta das 14h30, horário de Bra­sília, e desceram progressivamente até Puerto Williams, no extremo sul do Chile. O governo do México decretou o alerta na costa do Pacífico, mas informou que o fenômeno representava “um risco moderado”. Na América Central, Costa Rica, Honduras, Guatemala, Nica rágua e Panamá também emitiram um aviso de alerta de tsunami para a região banhada pelo Pacífico. O estado de alerta vermelho decretado em Honduras implicou na saída de milhares de pessoas. Mais ao sul, no Equador, cerca de 300 mil pessoas foram evacuadas. No sul do continente americano, o Chile, que já foi devastado por um terremoto de magnitude 8,8 e um tsunami que deixaram 555 mortos e desaparecidos, e o Peru emitiram alertas preventivos, além de pedir que a população mantenha a calma.
No Chile, as autoridades decretaram a evacuação de zonas costeiras da Ilha de Páscoa, com cerca de 4 mil habitantes.
Fenômeno é imprevisível
Que o Japão é um país vulnerável a terremotos já se sabe. Mas prever quando eles podem acontecer ainda é um grande desafio. “A previsão de terremotos é muito limitada. Não conhecemos o suficiente as placas tectônicas’’, afirma o geofísico Afonso Lopes, do Instituto de Geofísica, As tronomia e Ciências Atmos féricas (IAG), da USP.
Mas levantamentos estatísticos, com dados históricos de terremotos, podem indicar a chance de haver um sismo em certa região.
Além disso, “é possível analisar alguns sinais momentos an tes dos grandes terremotos’’, explica a sismóloga Tereza Hi gashi Yamabe, da Unesp (Uni versidade Estadual Paulista).
Por exemplo: tremores localizados, liberação de gases, animais saindo do chão (como cobras) e elevação do solo (como um bolo no forno).
O Japão, que possui tecnologia para detectar esses sinais, aciona rapidamente um alerta à população na suspeita de terremoto.
No caso de tsunamis, causados por um terremoto cujo epicentro fica no mar, o alerta pode ser dado pouco antes da chegada da onda. Mas o deslocamento das placas tectônicas é mais complicado de prever.
“É difícil monitorar o que ocorre a uma profundidade tão grande’’, diz o geólogo Ticiano José dos Santos, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
No Japão, o tremor da madrugada de ontem foi o maior do país e o sexto do mundo.
Há quem diga que um futuro tremor irá “dividir o país ao meio’’. Mas, novamente, isso é difícil prever.
_____________________________________________________________

Confira a matéria original clicando AQUI

Felipe "Samoa" Mantoani - Coordenador de Comunicação e Eventos, CAGEAC 2011

Votação nome do jornal da Geologia!

Se tudo ocorrer da forma desejada, teremos o jornal da Geologia Unicamp circulando em breve no IG. Está aberta a votação para qualquer um escolher o nome, é só clicar AQUI.
Votação encerrada - 27.03.2011


Felipe "Samoa" Mantoani

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

4ª chamada

Surpreendendo alguns vestibulandos que estavam esperando serem chamados com base nos anos anteriores, a 4ª chamada teve apenas um nome:

Julia Scheuer

Parabéns! 
Felipe Mantoani "Samoa" - Coordenador de Comunicação e Eventos, CAGEAC 2011

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Chapakivi - CAGEAC 2011

Como não deu para boa parte dos integrantes irem se apresentar aos calouros, logo abaixo estão os nomes do pessoal do CAGEAC

Presidente: Júlio Vilar (08)
Vice Presidente: Raphael Souza “Mindinho” (08)
Secretário Geral: Wellington “Pé” (08)
Coordenador de Finanças: Guilherme Paes “Jacaré”(010)
Coordenador de Eventos e Comunicação: Felipe Mantoani “Samoa” (010) 
Coordenador de Ensino, Pesquisa e Extensão: Alexandre Bliska (010)
Suplentes: Flávia Fonseca (010) e Thiago “Thico” (09)
Colaboradores: Flávio “Pira” (08), João “Jão Jé” (010),
Eduardo (09), Deborah (09), Adriano (07).

sábado, 26 de fevereiro de 2011

ENEGEO - inscrições abertas!

O Encontro Nacional dos Estudantes de Geologia número 33 está com inscrições abertas pela internet.
Será realizado entre os dia 1 de julho e 6 de agosto na cidade de Delfinópolis-MG. As inscrições antecipadas vão até dia 15 de julho e custa R$30. Depois dessa data custará R$60 e a inscrição será feita no evento.
Para realizar sua inscrição clique na imagem logo abaixo do logo do blog.
Para saber mais sobre a história do encontro e o local em que será realizado esse ano clique aqui !

Felipe Mantoani "Samoa" - Coordenador de Eventos e Comunicação, CAGEAC 2011

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

3ª chamada - Ciências da Terra

A matrícula será dia 28 (segunda-feira) deste mês das 9h às 12h.
Parabéns geocalouros!
Camila Rodrigues Cestari  
Carlos Eduardo Werneck Ferreira
Fernando Fagner Ramos   
Isabela Correa Fajardo   
Joao Fernando Sampaio Ralha  
Leonardo Yugi Hatano 
Michelly de Paula da Rocha  
Samuel Gaido Telles 
Thais Lie Fukase 
Vitor de Oliveira Cardoso  
(Felipe Mantoani "Samoa" - CAGEAC 2011)

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Balanço de matrículas da 2ª chamada

Para os que estão na espreita à espera da 3ª chamada dia 23 deste mês:

Não é um número oficial, mas ao que parece faltaram 6 de 17 na matrícula de hoje, ou seja, quem ficou até a posição 63º estará na lista.
Vale lembrar que terá a confirmação de matrícula, portanto mais algumas vagas podem ser abertas, pois tiveram mais chamadas em outras universidades e pode ser que alguém tenha escolhido sair.
Boa Sorte!

(Felipe Mantoani "Samoa" - Suplente CAGEAC 2011)